Duração:
120min
Origem:
EUA
Direção:
Todd Phillips
Roteiro:
Todd Phillips, Scot Armstrong, Craig Mazin
Produção:
Todd Phillips, Daniel Goldberg
Atores:
Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis

“Se beber não case: parte 2” não deixa de ser um bom filme. As piadas foram repensadas e exageradas. As situações que os personagens passam, cada vez mais insanas e com cenas totalmente novas e muito criativas, como por exemplo a meditação de Alan e sua visão do mundo, tornam o filme provavelmente à melhor comedia do ano. Porém ele tem o mesmo esqueleto do anterior. Fatos ocorrem na mesma seqüência, da cena inicial até o final e segue a exata linha e tempo do primeiro. É literalmente uma repetição do primeiro longa, só que agora em Bangkok. Apesar de hilário, o filme se tornou deveras previsível. É certo apostar na mesma receita de sucesso, mas não copiá-la, o filme em certas ocasiões deixa de parecer uma continuação e se parece com uma nova versão. Bom, uma nova versão de se beber não case não tem como ser ruim, ou menos engraçada, mas bem que poderia ser algo bem mais grandioso.
A historia é quase a mesma do primeiro. Dois anos depois da louca despedida de solteiro em Las Vegas, agora é a vez de Stu(Ed Helms) se casar, dessa vez na Tailândia.. Porem, traumatizado com os acontecimentos anteriores, ele decide não fazer despedida de solteiro. Phil(Bradley Cooper) fica muito zangando e consegue convencer o amigo a tomar pelo menos um drink, e para tranqüilizar, leva o irmão mais novo da noiva de Stu junto, o gênio Teddy(Mason Lee). Porém após beberem, Stu, Phil e Alan(Zach Galifianakis) acordam mais uma vez em outro local, sem se lembrar de nada. Mas dessa vez tudo parece mais complicado, pois estão do outro lado da Tailândia, acompanhados do criminoso que haviam tido problemas em Las Vegas, Chow(Ken Jeong) e Teddy está desaparecido, sendo que a única pista que possuem é o dedo do rapaz.
A direção é competente como no primeiro. Todd Phillips se mostra muito competente, dirigindo cenas rápidas como de filmes de ação com a mesma naturalidade de que faz cenas mais calmas. A fotografia do filme é escura, para passar um tom mais serio e sombrio em algumas cenas. Tomadas externas nos mostram a beleza de Bangkok e da Tailândia, mas ao mesmo tempo nos mostram por que a cidade tem sua fama. Phillips Também assina o roteiro, mas resolveu levar ao pé da letra demais o ditado “Não se mexe em time que tá ganhado.” Não duvidaria se ele ao invés de ter escrito esse roteiro do zero, apenas pegou o primeiro, mudou a cidade, e saiu mudando as cenas. Como já disse o esqueleto do filme é exatamente o mesmo. Não é parecido, é igual. Porém a falta de originalidade foi compensada pelo exagero e incrível falta de noção dos novos acontecimentos. Apesar de você saber exatamente quando algo irá acontecer,e suspeitar como,você ainda assim não tem idéia de quão impossível e sem noção o fato pode se tornar. Isso torna a experiência do filme, apesar de repetitiva, agradável. O filme não cansa, e te prende do inicio ao fim.
As atuações são outros ponto positivos, superando as do primeiro longa. Zach Galifianakis(Um parto de viagem) está mais uma vez hilário. Chego a me perguntar se o cara realmente não é problemático da vida real. O jeito que ele faz seu Alan nesse segundo filme é hilário. Se antes ele era apenas uma pessoa imatura com problemas sociais, agora Alan é literalmente um doente mental. Como sempre, ele proporciona as maiores gargalhadas do filme. Ed Helms(A volta do todo poderoso) nos entrega a pior atuação do bando de lobos, justificada por sua pequena filmografia. Porém ele ainda assim, por estar tão perdido em sua atuação, acaba nos passando uma imagem positiva para Stu, completamente perdido nos acontecimentos do filme, isso apenas atrapalha no final, quando Stu precisa tomar uma atitude madura, porem no resto do filme é uma qualidade ao seu personagem. Agora quanto a Bradley Cooper(Sem Limites)esta ficando chato elogiar o ator. Bradley, depois de provar que não apenas sabe fazer comedias, começar a se lançar como roteirista e deixar visível vontade de dirigir, nos provas mais uma vez que marcara seu nome no mundo dos cinema. Me arrisco a cogitar um Oscar para ele no futuro, se ele continuar a amadurecer sua carreira em filmes sérios, saindo das comedias. Phil está simplesmente fantástico, não apenas divertindo, mas até ajudando no desenrolar do fraco roteiro.
O filme é uma ótima pedida, não decepciona e provavelmente será a melhor comedia de 2011, porem foi visível que Phillips não estava preparado para um segundo filme e nem esperava o incrível sucesso do primeiro. Apesar de divertir o publico geral, em termos técnicos o roteiro copiado prejudicou muito o filme, me fazendo questionar se um terceiro filme não acabaria por enterrar essa ótima franquia. Para o Philips que usou o ditado “Não se mexe em time que tá ganhado.” Vai um outro para pensar, muito usado no poker e pouco usado no cinema. As vezes, tem que se saber a hora certa de parar.
Se Beber Não Case: Parte
Ficou interessado? Toma o Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário