Duração:
116min
Origem:
EUA
Direção:
Jonathan Liebesman
Roteiro:
Christopher Bertoloni
Produção:
Jeffrey Chernov, Neal Moritz
Atores:
Aaron Eckhart, Michelle Rodriguez, Ne-Yo
Aaron Eckhart, Michelle Rodriguez, Ne-Yo
Quando assisti pela primeira vez o trailer de "Invasão do mundo: Batalha de Los Angeles, a unica palavra que consegui falar foi "Caaaaaaraaaaalhoooooo" com todas as vogais. Desde o inicio esse filme promete, e com expectativas grandes, ainda mais que o Trailer saiu junto com a bomba Skyline, veio um grande medo de o filme ser só mais um ótimo Trailer apenas. Felizmente o filme atendeu a expectativas. Não é um filme que marcara a historia, mas é de longe o melhor filme de invasão alienígena já gravado, apesar de os críticos ao redor do mundo gritarem ferozmente que não.
Em primeiro lugar, antes de atacarmos esse filme, temos que ver o estilo dele. Muitos críticos mundiais e bestiais, ops, brasileiros, estão falando mal dele, insinuando falta de historia, emoção, et cetera. Estamos falando de um filme de Ação/Thriller/Sci Fi e o filme não decepciona em nenhum dos três quesitos. Como Sci Fi o filme é mediano, não sendo realmente o grande foco da película. Mas como Ação temos um excelente filme de guerra, no estilo de "Falcão negro em perigo" e como Thriller temos um filme capaz de te deixar tenso e fazer você torcer pelos fuzileiros. Na sala em que eu assisti, teve direito a gritos de euforia no final quando os fuzileiros conseguem virar o jogo.
O filme conta a historia de uma repentina chuva de meteoros que na verdade é uma invasão alienígena. Os extra-terrestres invadem a terra e começam a dizimar a população de varias cidades costeiras, com intenção de nos colonizar e roubar nossa agua, vital para eles. Los Angeles é uma das ultimas cidades ainda em conflito, uma vez que quase todas outras foram dizimadas e se torna assim a ultima esperança dos EUA em segurar o ataque. Na seqüência do filme acompanhamos um pelotão de fuzileiros navais em buscas de civis, liderados pelo Recém-formado e sem experiência de combate real, Segundo tenente Martinez(Ramon Rodriguez) e pelo Experiente e mal falado segundo sargento, ou sargento ajudante de acordo com a extrema má tradução nas legendas que irei comentar adiante, Nantz(Aaron Eckhart). O grupo deve resgatar um grupo de civis presos em uma delegacia e escapar do território Alien antes que a força aérea bombardeie o local.
O inexperiente Jonathan Liebesman ( O massacre da serra eletrica: O Inicio ) fez um trabalho de direção muito bom nesse filme. Apesar de muito criticado pelo uso excessivo de Handcamera, conseguiu criar um filme de Ficção extremamente real. Não tenho medo de falar que é um dos filmes mais reais que já assisti, mesmo com os alienígenas. Os maiores defeitos apontados para o filme, na verdade foram de propósito, para aumentar o realismo do filme. Liebesman , que anunciou que gravaria inspirado no estilo de "Falcão negro em perigo", fez o filme o mais próximo de um documentário possível, mesmo não sendo um documentário em si. A câmera extremamente tremida, que chega no inicio a incomodar, o fato de mal vermos os alienígenas e as batalhas um pouco confusas, sem sabermos de onde vem os tiros, foram gravados dessa forma para passar a impressão que o câmera-man era um dos soldados envolvidos. Vemos um ataque em escala mundial na visão de um único pelotão de fuzileiros. Em um combate real, não se sabe de onde vem os tiros nem se ver perfeitamente em quem se atira. Isso torna o filme uma dos filmes de guerra mais reais já gravados. A handcamera é de fato mal usada no inicio do filme, chegando a dar uma certa dor de cabeça, mas logo Liebesman pega o jeito da técnica e o resto do filme flui bem.
Outro ponto criticado, porém que aumenta o realismo do filme, é a falta de eficiência dos alienígenas. Não espere ver alienígenas super heróis, imortais, com armas laser que desintegram tudo e explodem cidades inteiras. Os alienígenas aqui são ciborgues humanoides, com armas cirurgicamente presas aos seus corpos e são bastante resistentes. Eles aguentam vários tiros de metralhadoras, mas ainda assim morrem "quase" na mesma facilidade que matam. Suas armas são um pouco mais avançadas que as dos fuzileiros, sendo em suma metralhadoras mais potentes e lança mísseis capazes de disparar vários mísseis por disparo. Também não possuem uma mira perfeita, errando tantos tiros como um humano erraria. Em uma cena, dois soldados até comentam que os alienígenas parecem com eles, soldados mandados para guerra, liderados por um superior e possivelmente assustados e nervosos. Temos em Batalha de Los Angeles uma humanização dos alienígenas. O que faz a diferença é a força aérea Alien, uma vez que são numerosos, melhores equipados que os terráqueos e não tripuladas, controladas por freqüência de radio. Uma cena interessante é a da "autópsia" de um alienígena agonizante, onde os fuzileiros tentam descobrir o ponto vital deles para poderem os matar mais facilmente.
A total falta de emoção do filme também aumenta a sensação de que estamos em uma batalha de verdade, em certo momento é até comentado que o segundo sargento Nantz nunca sorri. Em uma batalha de vida e morte não há tempo para luto ou para casos amorosos inapropriados, como já mostrados em outros filmes do gênero. Não ficamos tristes a morte dos fuzileiros, e o diretor não se preocupa em passar esse sentimento, pois soldados vão para uma guerra para matar e morrer, já vão preparados para isso acontecer. O fato, considerado por muitos críticos "caçadores de erros" como uma falha no carisma do filme, é na verdade outra estratégia de Liebesman. Tanto que na cena em que um civil morre, temos uma cena emocionante a ponto de fazer algumas mulheres chorarem na sala de cinema. Soldados vão para guerra morrer, mas civis esperam chegar em casa a noite com vida. Na verdade o sentimento de tristeza na morte do fuzileiros é substituído por euforia quando estes morrem heroicamente. Alias os protagonistas desse filme podem não ser simpáticos, mas heróis são.
A total falta de emoção do filme também aumenta a sensação de que estamos em uma batalha de verdade, em certo momento é até comentado que o segundo sargento Nantz nunca sorri. Em uma batalha de vida e morte não há tempo para luto ou para casos amorosos inapropriados, como já mostrados em outros filmes do gênero. Não ficamos tristes a morte dos fuzileiros, e o diretor não se preocupa em passar esse sentimento, pois soldados vão para uma guerra para matar e morrer, já vão preparados para isso acontecer. O fato, considerado por muitos críticos "caçadores de erros" como uma falha no carisma do filme, é na verdade outra estratégia de Liebesman. Tanto que na cena em que um civil morre, temos uma cena emocionante a ponto de fazer algumas mulheres chorarem na sala de cinema. Soldados vão para guerra morrer, mas civis esperam chegar em casa a noite com vida. Na verdade o sentimento de tristeza na morte do fuzileiros é substituído por euforia quando estes morrem heroicamente. Alias os protagonistas desse filme podem não ser simpáticos, mas heróis são.
As cenas de ações foram perfeitamente dirigidas por Liebesman. Imagens tremidas, cortes rápidos e uma edição ágil e eficiente os proporciona cenas de ação de qualidade, onde nos não podemos saber, mais uma vez propositalmente, quem morreu ou levou um tiro até o final da cena, mas não deixamos escapar nada, vendo todas as origens de todas mortes e explosões nitidamente. O ritmo acelerado das lutas pode nos confundir um pouco, mas isso as deixa mais emocionantes e angustiantes. Tentamos identificar quem está morrendo e quem está matando e queira ou não o filme consegue fazer você torcer por alguns fuzileiros em especifico. Apesar de o inicio mostrar um flashback onde conhecemos rapidamente alguns dos membros do batalhão, alguns dos mais carismáticos mal são apresentados. Não sei se novamente propositalmente ou não.
Aaron Eckhart |
Michelle Rodriguez |
Roteiro, também muito atacado mundialmente, não decepciona. Ele explica a invasão de maneira rápida, lógica e simples. O desenrolar da historia é boa e a reviravolta repentina do final, quando os últimos sobreviventes do batalhão quase que por acaso notam algo capaz de mudar o destino da batalha, já considerada perdida, é algo que nos é falado o filme inteiro mas simplesmente não damos a atenção devida. É criativo a forma que eles viram o jogo e nada de algo impossível como invadir a nave mãe no espaço e explodi-la ou algo ridículo como descobrir que eles morrem se encostarem na agua. O alienígenas também não morrem de gripe. Alias os fuzileiros não chegam a vencer a guerra, apenas ganham uma puta vantagem sobre eles. Como disse o filme é real então não espere nunca que sete soldados consigam derrotar uma frota inteira de alienígenas. Temos dessa vez um final possível e não forçado. O Inexperiente Christopher Bertoloni(A filha do general), mesmo depois de dez anos sem escrever um roteiro, criou algo simples porém que escapa da mesmice. Não temos aqui um roteiro digno de um premio. Mas temos um roteiro enxuto, fácil de entender, bem objetivo e sem buracos.
Muitos falaram do patriotismo exagerado, comum em filmes americanos. Porém esse não é o caso. O filme não chega a ser patriota. Apenas, como o titulo sugere, se passa em Los Angeles, e quem você acha que ia defender Los Angeles? O BOPE? Logico que não. Numa situação dessa eles sempre mandam os velhos e bons Marines. E quem tem conhecimento sabe que os fuzileiros americanos se consideram uma força unica, melhor até que as outras três forças armadas de lá. Então vemos no filme um exagerado MILITARISMO, onde diversa vezes os soldados reafirmam que são os melhores( Recuar?NUNCA, 2/5). Porém isso nada mais é que um retrato fiel da forças armadas dos EUA. Quem não gostou manda uma carta para Columbia Pics e pede para gravarem o Batalha do Rio de Janeiro, que ai vamos ver os caveiras plantando o terror nos alienígenas fanfarrões.
O maior defeito desse filme é culpa da burrice brasileira. Quem legendou o filme obviamente não tem nenhuma noção de inglês militar, e acho que traduziu os termos na ferramentas de idiomas do google. Quem tem um conhecimento de inglês e consegue traduzir de ouvido, vai se deparar com inúmeros erros de tradução. Erros que vão a criar postos que não existem( taifeiro, sargento ajudante) a traduzir coisas simples bem errado mesmo. Vou deixar em aberto os erros para você ter uma segunda diversão no cinema tentando descobrir. Mas vá ao cinema, pois com certeza eles corrigem isso no DVD.
Agora se você espera um filme de profundidade, com um roteiro complexo, cheio de filosofia, paradoxos, com um grande drama e a capacidade de te fazer pensar, você não viu o trailer desse filme ou então não bate bem da cabeça. Essa é a razão do bombardeio que a crítica fez em "Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles". Julgaram um filme de ação como se ele estivesse concorrendo ao Oscar. Você não pode esperar de um filme Ação/Sci fi/ Thriller que foi inspirado em "Falcão Negro em Perigo" e tem a Michelle Rodriguez que ele tenha um drama ou roteiro complexo. Agora o filme cumpre seu papel, diverte muito e lhe proporciona batalhas dignas dos melhores filmes de guerra do cinema. Sem duvida um dos melhores(se não melhor) filmes de invasão alienígena. Quem gosta do estilo vai amar. Quem não gosta não assiste porra, ou vai acabar escrevendo uma critica negativa em um site de cinema qualquer por ai....
Nenhum comentário:
Postar um comentário