Gênero:
Ação
Duração:
130min
Origem:
EUA
Direção:
Justin Lin
Roteiro:
Chris Morgan
Produção:
Vin Diesel, Neal H. Moritz
Atores:
Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson
Eu me lembro quando, dez anos atrás, combinei com minha turma de colégio para assistir “Velozes e Furiosos” e sai feito uma turbina do cinema. Se na época eu já tivesse carteira de habilitação, com certeza teria saído dirigindo com o “nitro” ligado. “Velozes e Furiosos”, foi um filme que marcou a adolescência de varias pessoas, o filme tinha carros tunados, mulheres, ação, e uma musica tema simplesmente incrível. Então, como era de se esperar, veio um segundo filme, um pouco mais fraco, e o terceiro para cimentar de vez a franquia, como sempre ocorre com ótimos filmes. Era de se esperar isso, mas a surpresa foi quando em 2009 resolvem ressuscitar a serie, com o elenco original. Meu primeiro pensamento foi “serio mesmo paramount?”, mas ai eu vi o filme. Em “Velozes e Furiosos 4”, o elenco original reviveu a emoção do primeiro longa, saindo do foco das corridas e partindo para um foco criminal. Eis que dois anos depois Justin Lin, responsável por reviver a franquia, firma novamente a marca no mercado com “Velozes e Furiosos 5: Operação Rio”, mais uma vez com o elenco original, porem mudando o foco de uma vez por todas para a criminalidade. E o resultado foi um grande sucesso.
Justin Lin, que também havia sido responsável por sepultar a franquia com o “Velozes e furiosos: Desafio de Tóquio”, parece que aprendeu a receita certa. Ele traz de volta agora não apenas o elenco original, mas todos os personagens fortes e carismáticos dos outros quatro filmes. Para completar o circo, ele chama o pequenino Dwayne “The Rock” Johnson para ser o novo antagonista do grupo. E ai só faltava escolher um local para o filme, já que nossos principais agora são foragidos da polícia. Justin precisava de um local corrupto, dominando pelo crime, onde a polícia fosse parte dos criminosos, e com cenários bonitos! Onde achamos isso tudo? No Rio lógico.
Sim, trazer a franquia para o Rio de Janeiro foi algo inteligente, e não digo isso só por que sou brasileiro. A cidade do Rio, com suas favelas, grandes avenidas, traficantes fortemente armados e uma policia corrupta, é um paraíso para filmes de ação, ainda pouco explorada por Hollywood. Vale lembrar, para os mais estressadinhos que falam que o filme falou mal do Rio e do Brasil, duas coisas. Um, a maioria das coisas mostradas no filme é tudo verdade mesmo e “Tropa de elite” fala bem pior. Dois, o filme é uma ficção de ação, não um documentário. Justin Lin cria um Rio quase real, mas com diferenças necessárias para caber a cidade na franquia. Carros tunados, “pegas” noturnos, novas avenidas e um leve melhoramento nas viaturas da polícia civil são acrescentados a cidade maravilhosa. O resto foi bem respeitado pelo diretor e mantido fiel. Apesar do forte sotaque de alguns dos “brasileiros” do filme, o uso do português também foi bastante respeitado, coisa rara em filmes americanos, onde normalmente o mundo inteiro é fluente em inglês. E até musicas brasileiras foram usadas em certas cenas, tornando o filme realmente uma “Missão Rio”